quarta-feira, 5 de maio de 2010

Reacção Antigénio-Anticorpo

Anticorpos: proteínas específicas que circulam livremente no plasma sanguíneo, podendo existir em certas secreções. São capazes de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a sua produção. A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do determinante antigénico e do anticorpo.

Estrutura do anticorpo: proteína com estrutura globular, sendo designadas também por imunoglobulinas (lg). São representados em forma de Y, sendo compostos por quatro cadeias polipéptidicas interligadas e idênticas duas a duas:

As duas cadeias mais longas são denominadas cadeias pesadas ou cadeias H e as duas cadeias mais curtas designam-se por cadeias leves ou cadeias L. Existem regiões que são variáveis (V) de anticorpo para anticorpo enquanto outras são constantes (C). Estas controlam o modo como a molécula interactua com outros elementos do sistema imunitário.
Em diferentes anticorpos, a sequência de aminoácidos nas zonas variáveis são singulares e próprias de cada tipo de anticorpo, constituindo os sítios de ligação (dois por anticorpo) para um determinante antigénico específico.



Só um anticorpo que contém uma sequência particular de aminoácidos na zona variável pode “reconhecer”, isto é, ligar-se especificamente com um determinante antigénico, formando um complexo antigénio-anticorpo ou complexo imune.

Mecanismos de acção dos anticorpos: os anticorpos não têm capacidade de destruir directamente os invasores portadores de antigénios. Eles marcam as moléculas das células estranhas, que são destruídas depois por uma série de processos, ou fixam-se sobre essas moléculas, limitando a sua multiplicação e a sua proliferação.

Consequências da interacção antigénio-anticorpo:

· Aglutinação: se as moléculas antigénicas fazem parte da parede de uma célula, dá-se a aglutinação das células devido à ligação da mesma molécula do anticorpo a antigénios presentes em células diferentes. Os agentes portadores de antigénios ficam neutralizados e tornam-se inofensivos.

· Precipitação: se o antigénio é uma molécula solúvel o resultado pode ser a formação de complexos imunes insolúveis que precipitam.

· Intensificação directa da fagocitose: após a ligação dos anticorpos aos antigénios as regiões constantes dos anticorpos ficam na periferia do complexo imune. Nas membranas dos fagócitos existem moléculas capazes de fixarem de maneira específica essa região constante, aumentando a aderência dos complexos às células fagocitária, o que favorece a invaginação da membrana e a endocitose, seguindo-se a destruição por acção enzimática.

· Neutralização: os anticorpos fixam-se sobre vírus ou toxinas bacterianas, impedindo-os de penetrar nas células. Estes complexos podem ser depois destruídos por fagocitose.

Uma das funções dos mecanismos humorais é intensificar a resposta inflamatória e a eliminação celular já iniciada de uma forma não específica.

1 comentário:

  1. Muitos parabéns pelo seu blog. Tá fantastico. Sou uma aluna do 12º e estou a fazer um trabalhos obre sistema imunitário e o seu blog está a ser uma grande ajuda. simples, elucidativo e nada aborrecido.

    parabéns!

    ResponderEliminar